A fronteira já é realidade e é uma agenda estratégica de interesse do Brasil e do mundo
Em um importante passo para fortalecer o agronegócio mineiro, o Sistema Faemg Senar, a Embrapa Milho e Sorgo e o Governo de Minas, estão estruturando uma iniciativa para impulsionar o desenvolvimento da região Central Mineira. A reunião realizada na última semana marcou o início de uma nova fase para a região, que se consolida como uma das mais promissoras fronteiras agrícolas do Brasil. O objetivo é discutir as oportunidades, avanços na proposta de estruturação de governança com parceiros públicos e privados e os próximos passos para a efetivação de uma agenda conjunta.
A Central Mineira é um movimento desenvolvimentista criado pela Embrapa para estruturar uma nova fronteira agrícola, fortalecendo e integrando projetos e atores que há décadas trazem oportunidades para o Cerrado Mineiro. “Estamos comprometidos em transformar esta região, que já conta com atributos competitivos, em um polo altamente produtivo, com tecnologia e transferência de conhecimento”, comentou o gerente regional do Sistema Faemg Senar, Ricardo Costa.
Potencialidades
Segundo a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo os tipos de solos, declividade favorável à mecanização, pluviometria favorável e fontes abundantes de água subsuperficial garantem condições ideais para o cultivo de grãos na região, destacando-a no cenário agrícola e agroindustrial. Além disso, a logística eficiente e empreendimentos estruturados, inclusive institutos de ciência e tecnologia de excelência nacional e internacional, impulsionam a produção e a agregação de valor aos produtos e serviços. “O objetivo é mediar os interesses público-privados, prospectar, analisar e compreender em profundidade a região, seus desafios e ameaças, conectando as instituições, stakeholders e representações públicas e/ou privadas, transferindo conhecimentos, tecnologias e ativos territoriais para suporte à inovação e aceleração planejada das ações”.
Estruturação
A Embrapa coordenará, em conjunto com as instituições fundadoras (Governo de Minas e Sistema Faemg Senar, por meio do Inaes – Instituto Antônio Ernesto de Salvo, associação civil sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento, pesquisa e inovação de sistemas produtivos e que atua em parceria com instituições públicas e privadas para fomentar a evolução das cadeias do agronegócio ), “a estruturação do processo de governança que será todo operado com recursos financeiros e não-financeiros, públicos e privados, para a execução das ações do ‘Movimento Central Mineira’, com resultados, atividades, orçamento e cronograma físico-financeiros aprovados e gerenciados por uma Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento”.
“Espera-se fortalecer parcerias com outras instituições abrindo perspectivas para um ciclo de prosperidade nos meios rural e urbano com a criação de novos empreendimentos, produção de alimentos seguros e saudáveis, produção de energia e de vários outros bens e serviços, com benefícios ao meio ambiente e à sociedade brasileira”, complementa Fredson Chaves, engenheiro agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo.
A Central Mineira
A Central Mineira – abrange três mesorregiões e mais de 53 municípios – apresenta aptidão para grãos, proteína animal e afins, além de oferecer diversos ativos competitivos. A proposta de estruturação de governança entre Sistema Faemg Senar, Embrapa e Governo, prevê também a criação de um centro de inteligência territorial com base física no Núcleo de Inovação para o Agronegócio – NIA, localizado na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas-MG. Esse Núcleo é integrado às áreas de uso comum pela UFSJ (Universidade Federal de São João del-Rei) para ampliar os estudos de potencialidades, planejamento, uso e ocupação de terras da Central Mineira, assim como desdobrá-los em planos, programas e projetos de conexões para inovação nesse território, na parceria público-privada.
Em nota, Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, destaca que “Minas Gerais tem demonstrado ser um estado empreendedor – não no sentido de governança estatizante, mas no sentido moderno de ser uma ‘locomotiva de progresso’, criando oportunidades para o desenvolvimento e mitigando os riscos econômicos, energéticos e ambientais”. Ele reforça que a “modelagem estruturante para o desenvolvimento planejado de Minas Gerais tem foco na identificação, criação e na promoção de movimentos inteligentes e criativos como o Movimento Central Mineira para ações desenvolvimentistas com o propósito de estabelecer novas agendas e compromissos estratégicos nacionais, incluindo políticas públicas focadas em eixos de desenvolvimento, potencializando elementos de uma nova equação para uma fronteira agropecuária e agroindustrial diferenciada e em expansão”.
Do Sistema Faemg Senar, participaram da reunião além do gerente regional, Ricardo Costa, o gerente de Projetos Harrison Belico; o analista Técnico Regional, Raimundo Papa Júnior; o gerente de Formação Profissional Rural e Promoção Social, Wander Magalhães; o analista de Sustentabilidade Guilherme Oliveira; o gerente de Agronegócios Rafael Rocha, e o analista de Assistência Técnica e Gerencial, Lucas Santos. Da Embrapa Milho e Sorgo, participaram a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia Sara Rios, os supervisores das áreas de Transferência de Tecnologia e de Prospecção e Avaliação de Tecnologias, Fredson Chaves e Leonardo Rocha, e o pesquisador Vinícius Guimarães.
Fonte: Josiane Moreira – Sistema Faemg Senar