Desde que a língua de Camões se fez a nossa, um eco repete o verso: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Mudam-se – oh tempos! – os costumes. Hoje em dia não se usa mais, por exemplo, catar feijão. Em minha infância, quantas vezes não deixei as brincadeiras de rua ...
Leia Mais »FLOR DO LÁCIO
A comemoração do Dia da Língua Portuguesa, no 5 de maio, me fez lembrar a frase de Bernardo Soares, heterônimo menos lembrado de Fernando Pessoa, no seu pouco lido “Livro do Desassossego”: “Minha pátria é a língua portuguesa”. Mesmo quem não a leu em seu contexto original, certamente conhece a ...
Leia Mais »AMAR COMO PLATÃO AMOU
Tudo tem seu lado positivo. A quarentena, por exemplo, proporcionou ao casal esse momento de diálogo. Ele: – O que você está lendo aí, tão concentrada? Ela: – “A defesa de Sócrates”. Ele: – Já vi vídeo dele. Craque. Fazia até gol de calcanhar. Mas não sabia que jogou de ...
Leia Mais »ÁRVORE DE PÁSCOA
Pensei em escrever um texto sobre páscoa. Mais que pensei, senti a necessidade de desenvolver esse tema de superação, de transformação, de ressurreição, num momento em que, isolados em quarentena, temos afinal tempo para temer a morte. Mas para escrever algo que fosse mesmo um texto e não mero monte ...
Leia Mais »VOZES DO SILÊNCIO
Minha avó costumava dizer: a palavra é de prata, o silêncio é de ouro. Só muito depois, na maturidade, vim a entender melhor o sentido profundo dessa máxima. Isso aconteceu quando li os versos que Lao Tsé escreveu seis séculos antes de Cristo: “Falam-se palavras e se apalavram falas, mas ...
Leia Mais »CENÁRIOS DE NATAL
O fim de ano traz de volta a questão que fecha o célebre soneto de Machado de Assis: “Mudaria o Natal ou mudei eu?”. Alguns dizem que mudamos sempre para sermos os mesmos. Somos nós que mudamos ou mudam as circunstâncias? Alguém pergunta: e se Jesus nascesse hoje? Ele, decerto, ...
Leia Mais »ÁRVORE DA VIDA
Esses dias fiz o caminho da roça, um trecho de estrada vicinal, aquela estradinha estreita, de terra batida, bem no meio do cerrado. Bem no meio da poeira e da palha em que se transformou a vegetação, bem no coração da seca, como se fosse na fronteira do deserto e ...
Leia Mais »PROCURA DA POESIA
No prefácio do meu livro, SONETOS DE BEM-DIZER / DE MALDIZER, o Professor Antônio Sérgio Bueno afirma que “a ficção vem até nós, a poesia nós temos que buscá-la”. A ficção, a história inventada vem até nós. Nos dias atuais, a realidade parece copiar a ficção. Essa ficção não vem ...
Leia Mais »FLOR DO LÁCIO
A comemoração do Dia da Língua Portuguesa, no 5 de maio, me fez lembrar a frase de Bernardo Soares, heterônimo menos lembrado de Fernando Pessoa, no seu pouco lido “Livro do Desassossego”: “Minha pátria é a língua portuguesa”. Mesmo quem não a leu em seu contexto original, certamente conhece a ...
Leia Mais »AONDE VAI O AMOR QUE NÓS PERDEMOS?
AONDE VAI O AMOR QUE NÓS PERDEMOS? “Aonde vai o amor que nós perdemos?” Este é o verso que inicia o poema RELICÁRIO, no meu livro SONETOS DE BEM-DIZER / DE MALDIZER, que acaba de ser publicado, em primorosa edição da Aldrava Letras e Artes. Aqui vai o RELICÁRIO, como ...
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